O mau-tempo tardou o início do
show, mas não estragou a festa da 5ª edição do Festival Tropical Zouk. Só às
20:15h os instrumentos soaram na pista do ATCM. E a banda Mozpipa teve a missão
de abrir o concerto e chamar pelo público que já não aguentava com a demora.
Mas o auge da festa deu-se com as performances de Messias Maricoa e Anselmo
Ralph.O macua de apenas 22 anos
estreou-se em grande, ao lado de Anselmo Ralph, com quem teve oportunidade de
interagir e tirar fotos antes da actuação do angolano. Se medirmos a qualidade
da performance pelo calor dos aplausos, diríamos que os artistas empataram.Maricoa cantou três músicas, mas
parece que o público só tinha ouvidos para uma. Aliás, a cada verso dito vinha
um “nhanhado” sei lá de onde. E quando chegou finalmente a hora da música, a
azáfama contagiou o auditório. Para intensificar os ânimos, o jovem, inocente
que é, foi medir a pulsação do público mais perto e quase que lhe retiravam o
braço. As meninas puxaram-no, beijaram-no, choraram, gritaram e o jovem só
escapou porque o socorro não tardou. Voltou ao palco, recomposto, e continuou a
soltar as suas cordas vocais como mandam as normas. A música, como é comum em
actuações ao vivo, foi alongada, mas parece que ninguém percebeu pois “a chama
ainda estava acesa”.

Mas não é de se esquecer outras
performances. Júlia Duarte carimbou a sua marca pela quinta vez. Desde que o
festival existe nunca faltou. Desta vez mostrou os seus dotes de dançarina.
Juntamente com o estilista Feliciano da Câmara, aventuraram na dança e aumentaram
emoções.
Dos estrangeiros, Mika Mendes foi
o primeiro a pisar o palco. Primeira vez em Maputo, porém actuação natural e
recíproca com o público. Por isso, o artista considera o calor da plateia como
um convite para brevemente voltar. Tropical Band e Lutchiana foram menos
aplaudidos, contudo dançados. O zouk estava em alta nas suas actuações. Os dois
colectivos transportavam-nos para o passado. Os antigos sucessos rebobinaram
mentes de alguns expectadores que riscavam a pista com tamanha mestria nos pés.E o espectáculo estendeu-se noite
adentro e só pela manhã Pérola subiu ao palco. Expulsou o sono que dominava a
maioria e prendeu aqueles que esperavam por Damásio, quem só escalou o palco
por volta das 9h00.Assim foi a 5ª edição do maior
festim tropical que o país asiste há cinco anos, entre chuvas, vendavais e
atrasos, porém com nota positiva do público.
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