terça-feira, 12 de outubro de 2021

Resurge

Apesar do contexto de tamanha insegurança e instabilidade, a arte segue demonstrando sua capacidade de trazer renovação para aquele que a ela recorrem.A arte é singular, assim como seus processos. Durante a pandemia, portanto, é de se esperar que o fazer artístico apresente as diferentes subjectividades daqueles que os produzem apresentando maiores ou menores mudanças, facilidades e dificuldades. O fechamento de teatros e espaços culturais afectou o ritmo das produções e suspendeu o andamento de projectos culturais na nossa sociedade, como explica o escritor e poeta Santos.

“Ora viva, antes de tudo permita-me saudar a todos leitores e dizer que no princípio não foi fácil pois pouco sabíamos em torno desta doença”. Para o escritor e poeta Santos, neste tempo tão de difícil os artistas têm muitas privações e inseguranças de tal forma que em algum estágio tiveram que se readaptar de modo a continuar.

“Por exemplo no meu ramo (literatura) fomos desafiados a inovar pois as feiras e saraus deixaram de ter lugar e isso foi crucial para a expansão do pensamento. A arte em tempos de Covid sofreu inovações”

Com as novas medidas com vista combater a pandemia do novo vírus, viram-se obrigados a ficar em casa e isso numa primeira fase abriu uma perigosa janela de depressão e vários outros sentimentos, a arte resurge mais uma vez como um balão de oxigénio para informar, entreter e confortar a sociedade.

“Todas formas de arte tiveram e ainda tem um alto contributo para o bem-estar e o combate à pandemia”.

A temática e a abordagem actual têm um importante papel para o combate à pandemia do Covid-19, a arte sendo ela a forma mais prática e abrangente, tem-se mostrado mais eficaz para tal papel.

“Eu, assim como vários outros colegas da arte temos criados programas de sensibilização usando a poesia e vários outros diferentes géneros. Através das redes sociais e várias outras ferramentas electrónicas foi e está sendo possível obter bons resultados”.

Bem, não se pode negar que fora as inovações a pandemia veio atrasar e prejudicar a classe artística, por exemplo com o cancelamento indeterminado das celebrações colectivas, feiras, escolas, empresas, espectáculos, aeroportos e assim como interdições e mais.A arte na sua totalidade tinha entrado numa fase delicada e alguns fazedores tiveram enormes prejuízos. O consumo virtual do produto artístico cresceu posteriormente mas para aqueles que não souberam se readaptar nesta nova realidade não tiveram a mesma sorte, sublinha o artista. Actualmente é mais fácil estar presente, temos notado um crescente movimento artístico e muitos canais de divulgação.

“Com a literatura não é diferente, cresceram os canais e as plataformas de leitura. Os saraus embora virtuais, tem actualmente um alcance indefinido pois tem maior abertura a aceitação”.

“Não se pode negar que estamos numa bela fase de aprendizagem e emancipação. Estamos reaprendendo a sobrevive com esta nova realidade”.