sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Preparando longa-metragem

Há quatro anos que Mickey Fonseca e Pipas Forjaz concebem a primeira longa-metragem na história da Mahla Filmes.Há quatro anos que Mickey Fonseca e Pipas Forjaz concebem a primeira longa-metragem na história da Mahla Filmes.Realizar um filme em Moçambique ainda é uma luta difícil de vencer, pior ainda quando a aventura tem como fim uma longa-metragem, por sinal, a primeira e independente no percurso da Mahla Filme.Mas não é a falta de grandes produções que reduziu a zero o esforço dos cineastas de Mickey Fonseca e Pipas Forjaz. No portfólio da produtora constam cinco filmes curtos, um dos quais é que emprestou o nome a empresa. “Dina” e “O Lobolo”, dois dos demais, foram premiados. Esta distinção é prova de que a qualidade sempre andou lado a lado dos dois profissionais.Agora, a equipa tem em manga o filme “Resgate”, cujo Fonseca é realizador e guionista. Já Forjaz é director de fotografia e editor desta longa-metragem avaliada em 150 mil dólares nas componentes de produção e pós-produção.Recentemente foi lançada uma  campanha para angariação desse valor, tendo em conta que a produção deste projecto é independente. Essa angariação é aberta ao público em diferentes plataformas, através da internet, e vai decorrer durante 30 dias.O filme conta a história de Bruno, um ex-presidiário em busca de redenção, que subitamente se vê mergulhado numa rede de raptos violentos. A trama decorre na cidade de Maputo, mas a história é universal, garante a produção. O trailer capaz de ilustrar a visão de Fonseca e Forjaz para o filme e a capacidade da produção de Mahla Filmes durante a campanha já está disponível nos vários canais de internet.Ao longo dos últimos quatro anos, desde que surgiu a ideia de conceber “Resgate”, a Mahla Filmes tem produzido spots televisivos, vídeos  institucionais e de música com o objectivo de poupar o montante necessário para o filme.Para Fonseca e Forjaz, a principal motivação para esta campanha denominada “crowdfunding” é produzirem o filme de forma independente, tentando encontrar alternativas produtivas, para os clássicos  fundos internacionais, que frequentemente, ditam aspectos como o tipo de estória que é contada, os géneros que são financiados, a contratação de financiadores de serviços nos países de origem de fundos, entre outros que, no entender dos cineastas, acabam por influenciar o cinema que é feito em Moçambique e outros países africanos.Caso a campanha seja bem-sucedida, Mahla Filmes espera que esta contribua para abrir novos caminhos para os cineastas moçambicanos e africanos. Esperam também, através da sua experiência, inspirar jovens cineastas a não desistirem do sonho de se tornarem realizadores renomados.

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