Guitarrista,
cantor e compositor, Jonathan Butler é um músico sul-africano que já conquistou
o mundo, e que acredita que no mundo da música o dom e o trabalho é que
contam.
51 anos de
idade, 20 álbuns e ainda continua a irradiar energia.
Qual é a
fonte?É inspiração. A música, a vida e a minha família são fontes de
inspiração. Portanto, é de onde obtenho tudo.
Com essa
idade tinha noção do que estava a fazer?Eu sabia que queria ser músico. Sabia
disso, estava dentro de mim. Deus sabe desde o ventre de uma mãe o que serás. E
Deus sabia que eu seria músico.
Com 12 anos
de idade foi o primeiro negro que passou a música numa rádio no regime do
Aphartheid. Como se sentiu?Senti-me feliz. Mas é isso o que a música faz. A música
quebra barreiras e todas as regras. Ajuda as pessoas a entenderem e a ficarem
conscientes.
Que impacto
isso teve para os negros que ouviram a sua música a passar na rádio?Penso que
foi um momento de orgulho, porque antes disso escutávamos Stevie Wonder,
Jackson Five, Elvis e The Beatles. Então, escutar os irmãos locais, como Miriam
Makeba e Hugh Masekela era um orgulho.
Sente que
foi um rapaz de sorte quando repara a sua trajectória?Não acredito na sorte,
mas sim no trabalho árduo e no dom. Tive muita preparação e prática. Estar no
lugar certo, na hora certa, também é importante.
Que
sensações experimentou ao gravar o primeiro álbum?Foi muito excitante! Ouvir na
rádio pela primeira vez foi o momento mais excitante de toda a minha vida.
Sei que o
seu calendário é muito apertado. Como gere, para não esquecer a família?Passas
o tempo, quando fazes o tempo, estás presente. Tens que garantir que estás
presente. Não podes dizer vamos ao parque, quando estás ao telefone. Passo
momentos prazerosos com a minha família a todo momento, mesmo estando em Maputo
e ela em Los Angeles, estou sempre conectado.
Por que é
que deixou a África do Sul?Não foi sequer uma questão do porquê. Tive uma
oportunidade de ir a Londres assinar com JIVE US, e ver o resultado do que
podia ser nessa viagem. Fui para lá como compositor e escrevi muitas canções
para Millie Jackson, Tom Jones, Al Jarreau, George Benson, Bill Ocean, e etc. E
como escritor de músicas desenvolvi minhas próprias gravações.
Onde se
sente mais confortável?Sinto-me mais confortável onde a minha família estiver,
em Los Angeles. Todos os músicos que gosto estão lá.
Este é o seu
momento da carreira mais brilhante?Sinto-me como se estivesse ainda a crescer.
Sinto que sou o melhor no que estou a ouvir na minha cabeça. Sinto que estou
musicalmente num bom lugar, porque crio constantemente.
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