Há quatro anos que Mickey Fonseca
e Pipas Forjaz concebem a primeira longa-metragem na história da Mahla
Filmes.Há quatro anos que Mickey Fonseca e Pipas Forjaz concebem a primeira
longa-metragem na história da Mahla Filmes.Realizar um filme em Moçambique
ainda é uma luta difícil de vencer, pior ainda quando a aventura tem como fim
uma longa-metragem, por sinal, a primeira e independente no percurso da Mahla
Filme.Mas não é a falta de grandes produções que reduziu a zero o esforço dos
cineastas de Mickey Fonseca e Pipas Forjaz. No portfólio da produtora constam
cinco filmes curtos, um dos quais é que emprestou o nome a empresa. “Dina” e “O
Lobolo”, dois dos demais, foram premiados. Esta distinção é prova de que a
qualidade sempre andou lado a lado dos dois profissionais.Agora, a equipa tem
em manga o filme “Resgate”, cujo Fonseca é realizador e guionista. Já Forjaz é
director de fotografia e editor desta longa-metragem avaliada em 150 mil
dólares nas componentes de produção e pós-produção.Recentemente foi lançada
uma campanha para angariação desse
valor, tendo em conta que a produção deste projecto é independente. Essa
angariação é aberta ao público em diferentes plataformas, através da internet,
e vai decorrer durante 30 dias.O filme conta a história de Bruno, um
ex-presidiário em busca de redenção, que subitamente se vê mergulhado numa rede
de raptos violentos. A trama decorre na cidade de Maputo, mas a história é universal,
garante a produção. O trailer capaz de ilustrar a visão de Fonseca e Forjaz
para o filme e a capacidade da produção de Mahla Filmes durante a campanha já
está disponível nos vários canais de internet.Ao longo dos últimos quatro anos,
desde que surgiu a ideia de conceber “Resgate”, a Mahla Filmes tem produzido
spots televisivos, vídeos institucionais
e de música com o objectivo de poupar o montante necessário para o filme.Para
Fonseca e Forjaz, a principal motivação para esta campanha denominada “crowdfunding”
é produzirem o filme de forma independente, tentando encontrar alternativas
produtivas, para os clássicos fundos
internacionais, que frequentemente, ditam aspectos como o tipo de estória que é
contada, os géneros que são financiados, a contratação de financiadores de
serviços nos países de origem de fundos, entre outros que, no entender dos
cineastas, acabam por influenciar o cinema que é feito em Moçambique e outros
países africanos.Caso a campanha seja bem-sucedida, Mahla Filmes espera que
esta contribua para abrir novos caminhos para os cineastas moçambicanos e
africanos. Esperam também, através da sua experiência, inspirar jovens
cineastas a não desistirem do sonho de se tornarem realizadores renomados.
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